segunda-feira, 18 de junho de 2012

A MULHER NA CULTURA DA IMAGEM


As mudanças na sociedade através dos meios de comunicação


Quem dita às leis, costumes, gostos, o que vestir e como se comportar é a sociedade, esse conjunto de pessoas que compartilham ideias diferentes, mas vivem no senso comum, possuem os mesmos propósitos e preocupações, interagindo entre si e formando uma comunidade.

No livro Corpo e Comunicação: sintoma da cultura (2008) da Professora e Pós- Doutora pela Universidade de Indian, Lucia Santaella, que atualmente estuda temas relacionados à Comunicação, Semiótica Cognitiva e Computacional, Estéticas Tecnológicas e Filosofia e Metodologia da Ciência, se observa a influência das meios de comunicação como agente direto no comportamento da sociedade.

A atuação da mídia pela publicidade mostra um grande efeito na sociedade, a maneira que imaginamos, agimos, vestimos, o nosso corpo é reflexo dessas influência. A tecnologia vem para solucionar problemas, mas também prejudica. A expressão “tecnohumanas” trata da evolução humana através das tecnologias. A mídia difunde e capitaliza o que é belo, cultuando o corpo e tornando isso como tendência comportamental. “Tais mudanças no corpo apontam para formas de existência pós –humanas”, (p.  99). Tanto na TV como no impresso é utilizada a opinião de especialistas profissionais que tratam de assuntos diversos entre massagem, cirurgias plásticas, sexualidade e reeducação alimentar que dão a receita certa para alcançar a forma perfeita.

Existe um desejo enraizado na sociedade de ser apreciado, visto e aceito, “... nas mídias, aquilo que dá suporte às ilusões do eu são, sobretudo, as imagens do corpo retificado, fetichizado, modelizado como ideal a ser atingido em consonância com o cumprimento da promessa de uma felicidade sem máculas.” (p. 125/126) e essa felicidade que atrai e leva mulheres e homens a estabelecer metas para alcançar a imagem perfeita, leva a modelação do corpo, tornando-o “forte, belo, jovem, veloz, preciso, perfeito”.

O livro nos leva a vários questionamentos e mostra um futuro sombrio, que nós levam a pensar onde vamos parar  e o que seremos no futuro, “homens”, “maquinas” ou “tecnohumanos”?


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